segunda-feira, 8 de agosto de 2011

No palco sagrado



Só me dei conta de que nunca havia pisado o palco do Teatro José de Alencar para uma apresentação solo no dia, 29/07/2011. Tantos shows em Fortaleza e lá, onde dei meus primeiros passos na música, quando participei com Fernando Marques (também voz e piano) da Massafeira, eu ainda não havia me apresentado. Talvez guardando o momento para aquela noite, tão significativa pra mim, cantando os autores com quem tive a oportunidade de conviver e admirar, como Augusto Pontes, Rodger Rogério, Ricardo Bezerra, Petrúcio Maia, Fausto Nilo, Belchior, Ednardo, Brandão, Caio Silvio e Graco.
Fiquei muito emocionada quando cheguei e encontrei o Mauro Coutinho, nosso eterno técnico de som dos tempos do rock na Fortaleza anos 70. Fernando Moura ficou maravilhado com o piano, que pouco antes do show nos deu um susto, com um defeito numa mola (acho que foi isso). E no backstage estava tudo muito excitante. Valéria Pinheiro e seus bailarinos (Paulo,Alda e Tati), Cacilda Vilela e seus figurinos. Maira Sales e seus equipamentos. Laiza e Lindenberg ensaiando o bolerão.
A equipe torcendo junto. Sofrendo junto.Vibrando junto (Leo, Denise,Germana, Mateus, Davi,Wallace).
“Marquinhos chegou. Ricardo Bezerra também.Gilmar de Carvalho entrou.Fausto Nilo parece que vem”. 
Era o que se ouvia na coxia. TV C, TV Diário na cobertura antes, durante e depois.
No dia de um show sempre penso que aquele será um momento para nunca mais esquecer.Pra viver cada segundo de tudo – por que de manhã, como diz Fausto Nilo em “Retrato Marrom”, “o fim da festa é uma certeza”. Vou lembrar que estava o Paulo Gabriel, do alto dos seus 5 anos na platéia, e Rita, minha mãe, também, com seus mais de 80. Na primeira fila, impossível não ver, dois amigos Maurício – Cals e Coutinho. Herlon e Carol .E no camarim, Luciano Almeida. Franzé, Marisa, Flávio Paiva e Andréa. Renata, Rebeca, Olga, Rosane. Perdigão e Joanice.
Quase chorei quando dediquei o show ao Siegbert Franklin e ouvi quando alguém gritou desesperadamente pelo Lúcio Ricardo. Também gostaria que os 3 “mosqueteiros” do rock estivessem ali.Acho que estavam. Pois eu pensei bastante neles. E ainda lembrei com João do Crato e Fernando Piancó no camarim os ensaios-performance na casa do primeiro na Barra do Ceará.
Também quase chorei (ou chorei mesmo) quando cantei “Noturno”. E adorei cair nos braços de Valéria, Cacilda e Davi para trocar de roupa depois desta canção e entrar cantando “Paralelas” com um visual parecido com o que eu usava nos shows do Teatro do Ibeu e Teatro de Arena da Crédimus.
O show está só começando, mas é como o que me dizem as pessoas que encontrei e que não puderam ir: “No teatro é diferente”.


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