O
dia virou noite no Rio de 19 janeiro de 1982. No meu segundo ano da
faculdade de comunicação, eu era repórter do caderno Domingo do jornal O Povo,
com Izabel Pinheiro e Nonato
Albuquerque, por obra e graça do Luis Sergio Santos, ex-colega na UFC, que
cometeu a “contravenção” de me levar para a redação ainda sem diploma.
Mas eu fui
parar no Rio porque Xico Chaves me convidou para gravar uma “demo” no estúdio da Polygram. Ele ouviu o álbum Massafeira
e
falou pro Stelinho (Stélio Valle),
que me ligou e fez a ponte. O jornal me liberou para fazer entrevistas, e lá fui eu pro Rio, com o Xico me apresentando para todo mundo.
Como ia produzir a fita (naquela época era assim, com não sei quantas polegadas)? Sorte que era amiga do Rui Motta, que "montou" a banda para a gravação.
Conheci todos no estúdio: Paulinho Guitarra, Chico (baixo) e esse cara que fez o CD Praia Lírica comigo, Fernando Moura. Gravamos em duas horas (!) duas faixas, "Imagine Nós", que mais tarde, entraria no meu primeiro CD (Movieplay, 1996) e "Escorpião", até hoje inédita.
No dia da apresentação para o então diretor artístico da Polygram, Roberto Menescal...ah, foi nessa tarde, 19 de janeiro de 1982, o dia em que Elis Regina deixava aquele céu do Rio de Janeiro totalmente cinza.Eu tinha que voltar pra redação, pro jornal.E trouxe a fitinha comigo.
Pensei que a tivesse perdido na minha mudança para São Paulo. Mas não. Achei ontem! Mostro aqui no link abaixo, numa brincadeira de fotos recentes e antigas. Há até uma do Fernando com nosso grande Manassés. Claro, a qualidade é de fita cassete de 30 anos!
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